Dorian Gray
Parte para o vício
que não confessa,
que domina a alma,
onde não há cura.
Vê-se vagarosamente
a iluminação dos prédios.
Sombras destacam-se
entre os passos largos
e nervosos, de quem há
muito se cansou.
Outros, vagarosos,
esquecidos de si mesmos,
do tipo que não querem mais voltar.
Ouvem-se gritos, risos.
Entrelaçam-se, encadeiam-se
ruas que observam
o que há de mais lúgubre,
tenebroso na existência humana.
Somos todos Dorian Gray?