Ambárico

vou bebendo do passado

ambárico, anestésico dourado

vou tragando essa saudade

dos tempos que varreram amizades

um belo sol no fim do copo,

e o sul enfumaçado

vou me afogar nos seus sorrisos,

toda vez que abrir a janela

e na varanda...o abismo

entre o eu, e o que se foi,

e o que eu fui se foi

como a memória do sonho

que se apaga nessa lucidez

amarga...

agora que a vida se mostra

amiga, da onça, amiga...

sutilmente retalharam,

de uma maneira as lembranças

que não sei o que foi ou o que

queria ser...se foi o tédio

ou a andança

vou me afogar nos seus sorrisos,

toda vez que na aflição pedir abrigo

e sentir a cruz de malta, flutuar nas nuvens

como um pingente mórbido

que não tive dinheiro o suficiente

pra comprar, e depois receber

gotas aladas ,vao perfurar esse poema

esse papel outra melâncolia amena,

para comprar, e depois te vender

e depois,para sempre na manhã correr

atrás dos teus olhos ambáricos

bebendo do vidro aniquilado

reviver, relembrando o pasado

perdendo o passar,

um belo sol no fim do copo

...viver na direção...

entre o eu, e o que se foi,

e o que eu fui se foi

como a memória do sonho

que se apaga nessa lucidez

amarga...e sem razão

...de um sul enfumaçado...

AbnerSohel
Enviado por AbnerSohel em 07/08/2010
Código do texto: T2424268
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