Doidivana
Doidivana, leviana, onde vais que não respondes?
Sou a dama do vento, ando não sei por onde...
Doidivanas, levaina, que te pertence?
Nada tenho, nada sigo, quase tudo enfim consigo...
Noites turvas namoro a lua.
Sem pertences, sem escudos, paulatinamente um mundo...
Tudo em si, em meio, enfim...
Nada sobre e apesar de mim.
Quero a sorte da gota de um orvalho...
Cicatriz de hortência.
Tatuagem no verbo nú.
Doidivana, leviana.
Desprovida e acolhida pela tempestade da sorte
Sempre a tempo.
Luvas e corais.
Doidivana, leviana.
Voa tempo e vem um jamais.
Traçando um risco infinito que parece não ter sentido.
Doidivana, leviana.
À sombra da moita escura.
Noite da vida, doidivana...
E tudo parece ser seu!