Dois Corpos...

Podem dois corpos cometer uma devassidão?

Sei eu que sim...

A luxúria curvar-se-ia ante nós,

E a ensinaríamos o legítimo e pagão deleitar...

Instruiríamos o desejo, enlouquecidos e sedentos,

A aprender, o como saciar...

A libertinagem olhar-nos-ia,

Como uma alva virgem,

E aos risos,

Desprezaríamos sua face...

Ainda lhe espero,

Com os lençóis do leito – inatacáveis,

Teu perfume no ar – perene,

E teu sabor – na última taça...

Desde tua ausência, todas as coisas, inerte, puras, intocáveis...

Para que tu entendas, quando voltar,

Que nunca desapareceu de meus pensamentos profanos,

E de minhas ilusões mais vivas...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 06/08/2010
Código do texto: T2421194
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