Sorrateiro
Como quem nada quer
Seus olhos
Disse, sim.
Num leve abrir e fechar
Seus lábios desconfiados
Fervescentes
Esbanjou sorriso
Desejosos
Nada perguntou
Suas mãos trêmulas
Não acenou
Nada fez
Parte querendo
Parte negando
O coração pedindo
O amor que apareceu
Inesperado
Como se uma tempestade
Fugiu os sentidos
Movimentos estáticos
Num redemoinho
Se perdeu
Mas seu corpo
Não se atreveu...
Márcio Oliveira
02/12/2009