Deixar-te-ei...
Torva tua face me olha,
Tua mão a minha toma,
Teu lábio tenta o meu beijar...
Vejo tua ânsia,
Sinto-te pulsar,
Entre a voz do silêncio,
Teu coração tenta entoar...
Tem no seio um pedido,
O maior dos gritos,
Com a vasta esperança,
Da piedade das chamas,
Das seivas a segredar,
Implora-me para não lhe deixar,
E novamente acreditar,
Em envelhecidas mentiras,
Em ti sei que não morrerei,
Entretanto, entre teu choro e suspiro,
Digo-te cruelmente: Não...
Não almejo o passado certo – em talvez um renovado futuro,
Devo partir e isento de misericórdia lhe abandonar...
E tuas lágrimas?! Que as derrame e as inebrie, seja uma perene fonte de dor...