Tormenta
tudo dentro de mim está podre:
os vermes, as vísceras... tudo!
é como se em mim a dor albergasse
sem deixar qualquer vestígio
tenho andado na noite escura,
são horas cadavéricas – mortas,
esperando que o tempo acabe
ou a ampulheta perca a função
já não creio em nada de nada
estou morto! toque em mim:
veja minha pele putrefata,
veja minha boca costurada
meu deus! que horror!