UM CONTENTO
É o fim...
Debrucei-me a esperar algo que pudesse suprir minha forma de estar, de sofrer
Eu ria, chorando poderia pensar que o sofrimento era opcional diante da dor inevitável
Como nos diz os provérbios dos msn’s da vida...
Congelei minha fronte, meus olhos ñ olhavam se fechavam abertos a realidade e escondidos a verdade que insistia em martelar meus sonhos, até que como pregos se prendessem numa tábua de desavenças, descrenças, ausências ...
Senti sim unicamente a solidão existente no meio de muitas pessoas juntas estranhas, às vezes reveladas num simples “olá” às vezes reprimidas na vontade do gesto, pois sofridas elas estão...
Sem justa causa o silêncio dói de verdade, na profundidade do vazio existente, louco e vibrante, que grita dentro do meu ser...
É difícil estar em muitos... É pior estar sem muitos... Sem poucos... Sem, apenas sem...
No revelar do contexto, apregoam-se as verdades, as falácias, os exageros, as audácias
E mesmo assim a percepção da necessidade desaparece em meio às desculpas do tempo, do dia, da hora...
O coração se vê sangrando, mas tem que seguir sangrando, pois o tempo vai estancar a penúria, vai fazer vencer a lamúria, tornará a angústia um alento, que deixará de ser tormento e a vida ganhará movimento...
Até que num momento a vida repete o sofrimento e dá fim de novo ao tormento e ciclicamente segue-se o tempo limpando as lágrimas, fazendo brotar sorrisos, um contento.
Por Willian Freitas: