UM CONTENTO

É o fim...

Debrucei-me a esperar algo que pudesse suprir minha forma de estar, de sofrer

Eu ria, chorando poderia pensar que o sofrimento era opcional diante da dor inevitável

Como nos diz os provérbios dos msn’s da vida...

Congelei minha fronte, meus olhos ñ olhavam se fechavam abertos a realidade e escondidos a verdade que insistia em martelar meus sonhos, até que como pregos se prendessem numa tábua de desavenças, descrenças, ausências ...

Senti sim unicamente a solidão existente no meio de muitas pessoas juntas estranhas, às vezes reveladas num simples “olá” às vezes reprimidas na vontade do gesto, pois sofridas elas estão...

Sem justa causa o silêncio dói de verdade, na profundidade do vazio existente, louco e vibrante, que grita dentro do meu ser...

É difícil estar em muitos... É pior estar sem muitos... Sem poucos... Sem, apenas sem...

No revelar do contexto, apregoam-se as verdades, as falácias, os exageros, as audácias

E mesmo assim a percepção da necessidade desaparece em meio às desculpas do tempo, do dia, da hora...

O coração se vê sangrando, mas tem que seguir sangrando, pois o tempo vai estancar a penúria, vai fazer vencer a lamúria, tornará a angústia um alento, que deixará de ser tormento e a vida ganhará movimento...

Até que num momento a vida repete o sofrimento e dá fim de novo ao tormento e ciclicamente segue-se o tempo limpando as lágrimas, fazendo brotar sorrisos, um contento.

Por Willian Freitas:

Leviatan
Enviado por Leviatan em 05/08/2010
Código do texto: T2420014
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