Minha Imagem - Sou eu?

Avistei uma face, cujas feições perdi,

E espelhado no cristal um olhar esquecido,

Entre as mudas vozes,

...Renasceu...

O céu com suas lágrimas de sangue,

Dissipava a delicada Beleza das rosas...

Escarnecida a melodia silente,

Em um violino,

Incisou todas as ilusões sentidas,

Ressoando a escuridão sobre a luz ausente,

Onde os lábios da dor – beijaram-me,

Vestindo-me com todos os lutos,

Enfeitando-me com todas as aflições,

Com o ornato dos sórdidos e a jóia dos mórbidos,

Enfim divisei minha fronte,

No antigo retrato,

Amante de passados,

Imêmore em meus presentes,

Finada em meus futuros... Era minha imagem de anos atrás...

Residia no canto esquerdo,

Lindas palavras fenecidas,

Dizia: ... Quando a face do remorso aparecer em tua frente, desejarei intensamente eternizar teu maldito semblante...

E lá estava eu...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 05/08/2010
Código do texto: T2419215
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