Em terra de cego

Olho para todos os olhos...

Me encolho e, me recolho

Com tantos olhares perdidos.

E, me perco em olhares vagos.

Na vaga aberta dos meus olhos

Evasivos, indecisos...

Que não precisam ver

Mesmo assim não crêem.

Pois a vista grossa da cegueira

Já fez tanta besteira.

Visão clara em noite escura

Minha cura rara.

Que procura os negros olhos

De uma noite de luar

Com sua visão de antolho.