De regresso ao mar (I)
Sentado nessa duna distante
em descanso provocado por vento quente
som de harmónica bem longe no sussurro
de mar em frente a mim, quase parado, apenas espuma constantemente
cavalgando a imensa água azul,
reflexos de raios na claridade intensa, provocante
silêncio em redor do búzio tapado por algas
na areia amarelada,
sem necessidade de fotografar,
tudo memorizado na memória cansada, repleta
por seres estranhos
navegantes inconscientes enterrados nas rochas.
Dá-me essa mão imaginada, apertada contra a minha
fecha os olhos cansados pela claridade
sente
o cheiro da maresia escondida,
regressa comigo ao sal do mar.