O BAIXEL DO AMOR

O viajante deste baixel

que navega em alto mar

das suas ondas o tropel

as turbas águas desabar.

O coração, o passageiro,

do baixel, o seu trasnporte,

ás vagas navega ligeiro

abandonado a sua sorte.

Nas densas neblinas não lobrigo

o meu distante e fiel farol

que me sinaliza sobre o perigo

e me ilumina como a luz do sol.

Voga, mar a dentro

para o fundo deste amor

as algas que o arrasta ao centro,

o coração remador.

A tormenta transforma-se em bonança

desnorteou-me vertiginoso

o coração cansado de vingança

no mar que brame sinuoso.

Vai remando até o porto

vendo ao longe, lindo cais

flutua como no mar morto

condensado pelo sais.

Não sobraça o seu batel

refratário o desejo deste amor

que vai quedando tão fiel

degustado desse seu sabor!

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/08/2010
Código do texto: T2417751
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