O BAIXEL DO AMOR
O viajante deste baixel
que navega em alto mar
das suas ondas o tropel
as turbas águas desabar.
O coração, o passageiro,
do baixel, o seu trasnporte,
ás vagas navega ligeiro
abandonado a sua sorte.
Nas densas neblinas não lobrigo
o meu distante e fiel farol
que me sinaliza sobre o perigo
e me ilumina como a luz do sol.
Voga, mar a dentro
para o fundo deste amor
as algas que o arrasta ao centro,
o coração remador.
A tormenta transforma-se em bonança
desnorteou-me vertiginoso
o coração cansado de vingança
no mar que brame sinuoso.
Vai remando até o porto
vendo ao longe, lindo cais
flutua como no mar morto
condensado pelo sais.
Não sobraça o seu batel
refratário o desejo deste amor
que vai quedando tão fiel
degustado desse seu sabor!
(YEHORAM)