CONTRA O TEMPO

Eu corro contra o tempo

e para o tempo se opor

de pronto me contento

saio desse langor!

Me adelgaço na fresta

passo pelo seu fundo

o tempo que me resta

demarcado neste mundo.

Na minha cintura grácil

de tanto exercitar

me caibo ali tão fácil

no peito um palpitar!

O tempo relativo

não sujeita a espera

na carne que vivo

na mesma esfera.

Século assombroso

de temperaturas voláteis

cíclo fatidioso

os mundos portáteis.

Contra o tempo que corro

não corro em desespero

vivo tanto quanto morro

mas morro sem exagero.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/08/2010
Reeditado em 08/08/2010
Código do texto: T2417744
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