O Carro Negro (Camilla Lima)
Ai, esses poetas !!!
Mais uma vez sou portadora de uma poesia linda. A poeta é uma jovem de nome Camilla Lima, que venho tentando convencê-la de ter uma página aqui no Recanto.
Quem acompanha meus textos, sabe quem é Juliana e Prince, e sabe como cada uma entrou e saiu de minha vida, respectivamente . Pois é, finalmente fui visitar Juliana e Prince. Lá encontro outros moradores adoráveis, outra visita além de mim, que também amei conhecer. Um vinho aqui, outro vinho ali, mais uns vinhos acolá e dou de cara um papel no canto quase amassado, com letra garranchada , mas que dava para ver que tinha estrofes.
O vinho não colabora na leitura, mas tive ajuda.
“É um poema de Camilla, ela escreve coisas, tem um caderno cheio delas" entregou Carol, a irmã, mais jovem ainda.
Leia para mim, não entendo a letra dela, pedi, tentando ver se pega a desculpa da letra.
“O mundo é feio, tudo é cinza.
Pessoas traiçoeiras e mentirosas sempre nos rodeiam.
Como raposas, a procura do momento certo pra atacar.
Ela quer gritar, mas não quer que ninguém escute;
Ela quer chorar, mas não quer que ninguém veja;
Ela quer ser algo a mais, mas não consegue.
Até abrir a porta de sua limusine, e dela sair o odor das rosas.
Quando ela está no seu carro, nada mais importa.
Pois, somente na sua limusine ela pode ser alguém.
A fantasia cria asas, e desconhece seu limite.
Evis canta "Long Black Limusine",
Ela fecha os olhos e o mundo passa a ser seu.
Dentro da limusine, ela grita e ninguém escuta.
Ela chora e ninguém vê.
Ela é algo superior aquilo que queria.
Silêncio!
Ela adormeceu no seu carro negro!
Deixemos ela ser feliz à sua maneira.
E cuidemos cada qual da sua vida."
Camilla Lima.
Ps... Camilla na sala, calada ouvindo seu poema sendo exposto a uma tonta, e como boa tonta, avanço no papel, coloco na bolsa e digo que vou publicar em um lugar onde muitos poetas publicam coisas. Na minha zonzeira de vinho, pensei em vocês recantistas.