CALÇADAS DE MADRI
Conversam as árvores
Há um piano chorando nas raízes
No caule das roseiras sobem as formigas
Da solidão perfumada
O orvalho molha toda a estrada
A neblina esconde a íris da noite
Cai a cortina das nuvens sobre o luar
O parto das estrelas se interrompe
É o orgasmo da madrugada
Molhando o corpo de um boêmio
Dormindo bêbado
Rente à amurada
Passam os touros abatidos
Das touradas
Bêbados nas esquinas
Escondidos
Urinam nas calçadas de Madri
***
04/08/2010 10:43 - Celêdian Assis
As estrelas fatigadas
a lua com olhos semicerrados
da noite em longa jornada
espreitando orgasmos e dores
esmaecem em fracas luzes
desmaiando nas calçadas de Madri.
***
A QUERIDA SERPENTE ANGEL, HONRANDO ESTE FORMIDÁVEL ENCONTRO NA CAPITAL ESPANHOLA.
04/08/2010 12:28 - Serpente Angel
São palavras de luz
Inspirações aladas
Ver Hermílio, Celê e tu, poetando de mãos dadas
Eu diria mesmo tratar-se
De uma tourada perfumada
Daquelas que marcam o fim dessa sangrenta Jornada
Em que os poetas devolvem os bois uma rosa perfumada
pra sua missão sagrada, terem as suas vidas em vão sempre imoladas
Morrer sim! Por que não?
Mas depois de feita a caminhada
E não em vidas interrompidas
Pra alegrar tantas manadas
Ou seriam os animais a espiar nas arquibancas?
Enquanto os espiritos inocentes((Quem é de fato gente?)
Em uma arena imolada
***
Bellzinha! EU NÃO PENSEI QUE AS CALÇADAS DE MADRI FIZESSEM TANTO SUCESSO. QUE MARAVILHA. TÔ TODA DILURIDA!KKKK VEM VER, BELLZINHA
QUE LINDA ESTÁ FICANDO
ESTA RODA DE POETAS.
VAMOS TODOS DE MÃOS DADAS,
CANTANDO VERSOS POR AÍ
E CANTAREMOS JUNTOS
NAS CALÇADAS DE MADRI
04/08/2010 16:55 - Bell Rodrigues
Entre todos esses poetas
Passeava uma criança
Olhando atento cada letra
Foi tentando decifrá-las
Como não podia
Recorreu ao coração
Devorou cada palavra com imensidão
O pai exausto puxou a criança/ Pedindo "Vamos filho!"
O menino boquiaberto, olha e sorri
Pensa e promete: Nunca mais saio daqui
Das calçadas de Madri
***
ME DÊ SUA MÃO, ENTRE NA RODA AQUI
QUERIDA SERGIPANA
ASAS POÉTICAS DE COLIBRI
QUEREMOS VOCÊ NA FESTA
NAS CALÇADAS DE MADRI
VEM, SARA GONÇALVES, SERGIPANA QUERIDA!
04/08/2010 17:43 - SARA GONÇALVES
Nas ruas de Madri
Sinto-me como os Colibris
Cheirando rosas vermelhas
Enamorando olhos de centelhas
Que queimam o coração
Em um ato de paixão
Entre poetas e poetisas
Relicários em missas
versos soltos e mudos
inebriantes segundos
metrificando a união
a poesia em doação
Em palavras rasteiras
proseava a forasteira
um encontro em Madri.
***
OBÁAAAAAAAAAAAAA! ENTRA NESTA FESTA MADRILENHA, UMA DESCENDENTE DIRETA DO SANGRE ESPAÑOL.
DÊ CÁ SUA MÃO, DALVINHA
VENHA COMIGO BAILAR
VENHA SORRIR E SONHAR
VENHA, DOCE RAINHA
DALVA MOLINA MANSANO FAZ JUS À ESPANHA, TERRA DE SEUS PAIS!
04/08/2010 19:44 - Dalva Molina Mansano
PUERTA DEL SOL (batizado por mim está)
Desta página, os poetas
Ao chegarem a Madri
Encontrarão suas metas
Muito mais do que aqui!
Puerta Del Sol
Toureiros com trajes de luz
E púrpura, arrebol
Reverenciando esta plêiade
Poetas que fazem jus!
Em La Suerte Suprema
Tomam suas capas
Não para insultar El touro
Mas para saudar juntamente
Estes poetas de ouro!
Com São Izidro - El Patrono
E os Anjos enternecidos
(que não tiram siestas)
Juntos em cultura e boemia
Aos brasileiros abrem fiestas!
Entre notas do piano
Em perfeita sintonia
Madrilenos místicos com las manos
Saludam alegres, gitanos
Nossa Tânia e companhia!