A CLIO

Deixemos, Clio, as margens deste rio,

Clausura de um poema de sentidos.

Saibamos das palavras

Todas de um só desejo.

Vamos, Clio, enlacemos nossos corpos,

Inventemos o amor, a poesia

Como ave que percorre

O caminho do sol.

Façamos deste rio agrilhoado

Corpo da ave que somos, e voemos

Com as asas do amor

Que para nós criámos.

in "Palavras no vento", Virtualbooks, 2003

Xavier Zarco
Enviado por Xavier Zarco em 16/09/2006
Reeditado em 17/09/2006
Código do texto: T241656