CAMINHEMOS

Faltou carinho com as palavras

Faltou o cheiro da flor

Faltou resposta a pergunta dada

Sobrou ódio, faltou amor

Não sente alegria no verso

O poeta descarregou angústia,

O sentimento se fez perverso.

Eles endureceram, nos perdemos a ternura

E o animal, racional! Fez-se selvagem,

Primitivo, instintivo, tornou-se.

A humanidade regressou, a selvageria dominou

Declamou-se o último verso...

Rimou a última rima...

O poeta, triste, compôs a última prosa.

Restou apenas a esperança. Que a primavera nasça e faça

Desabrochar uma nova rosa.

Que essa traga alegria, esperança, felicidade

Pois assim caminha a humanidade.

Edergênio Vieira
Enviado por Edergênio Vieira em 03/08/2010
Código do texto: T2416503