CAMINHEMOS
Faltou carinho com as palavras
Faltou o cheiro da flor
Faltou resposta a pergunta dada
Sobrou ódio, faltou amor
Não sente alegria no verso
O poeta descarregou angústia,
O sentimento se fez perverso.
Eles endureceram, nos perdemos a ternura
E o animal, racional! Fez-se selvagem,
Primitivo, instintivo, tornou-se.
A humanidade regressou, a selvageria dominou
Declamou-se o último verso...
Rimou a última rima...
O poeta, triste, compôs a última prosa.
Restou apenas a esperança. Que a primavera nasça e faça
Desabrochar uma nova rosa.
Que essa traga alegria, esperança, felicidade
Pois assim caminha a humanidade.