A Praça
Tão sem graça, a minha praça!
E um verde quase cinza
De dia não já tem graça
De noite não tem Maria
Já de tão só, eu sou a praça
Sem as graças de outros dias
De noite não a lua
De dia, outras marias
E no sorriso das crianças
Sem as danças de outros dias
Sou a praça, meio sem graça
Relembrando os meus dias
E na vida tudo passa!
Mas, a saudade tão mesquinha
Ver na praça, quase sem graça
Minha vida, sem melodia.
E o sorriso meu, a praça.
Sem a graça de outros dias
Ver a vida como praça
Sem ter a graça do dia-a-dia.