A Praça

Tão sem graça, a minha praça!

E um verde quase cinza

De dia não já tem graça

De noite não tem Maria

Já de tão só, eu sou a praça

Sem as graças de outros dias

De noite não a lua

De dia, outras marias

E no sorriso das crianças

Sem as danças de outros dias

Sou a praça, meio sem graça

Relembrando os meus dias

E na vida tudo passa!

Mas, a saudade tão mesquinha

Ver na praça, quase sem graça

Minha vida, sem melodia.

E o sorriso meu, a praça.

Sem a graça de outros dias

Ver a vida como praça

Sem ter a graça do dia-a-dia.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 03/08/2010
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