AH DOCE MADRUGADA
Quando tinha doces anos
doces sonhos a sorver
eram tantos doces planos
adocicados quereres
e buscava doce encanto
em doces bocas de prazeres
eram tantos doces insanos
lambuzava meu viver
foi-se a doce madrugada
pelo gargalo do shandon
me deixou amarrotada
e marcada de batom
minha alma amargurada
em manhã quase sem tom
engoli minha rotina
com um pedaço de pão
e se fez amordaçada
minha alma cor marrom
caminhei pela calçada
e gritei sem nenhum som
procurei alguma entrada
que me levasse a encantada
madrugada de verão
talvez algum dia desses
quando cair a noite longa
eu volte a ouvir milonga
eu dance valsa vienense
minha alma nacarada
será docemente seviciada
pela vontade ardente
de ter novamente adocicada
minha louca alma ardente
Quando tinha doces anos
doces sonhos a sorver
eram tantos doces planos
adocicados quereres
e buscava doce encanto
em doces bocas de prazeres
eram tantos doces insanos
lambuzava meu viver
foi-se a doce madrugada
pelo gargalo do shandon
me deixou amarrotada
e marcada de batom
minha alma amargurada
em manhã quase sem tom
engoli minha rotina
com um pedaço de pão
e se fez amordaçada
minha alma cor marrom
caminhei pela calçada
e gritei sem nenhum som
procurei alguma entrada
que me levasse a encantada
madrugada de verão
talvez algum dia desses
quando cair a noite longa
eu volte a ouvir milonga
eu dance valsa vienense
minha alma nacarada
será docemente seviciada
pela vontade ardente
de ter novamente adocicada
minha louca alma ardente