Desalmada
Manhã de outono
Sol nasce mais cedo
A vida lá fora
Não mete medo
O mundo brilha
Na minha janela
Tenho vontade
De voar por ela
Sinto minha alma sair do corpo
Dança ao compasso das asas
Que bato ao longo de mim
Viaja, neste sonho de voar
Se afasta e qual pássaro selvagem
Sentindo, úmida , a aragem
Que habita no frio das manhãs.
Percorre todo o universo
Conhece o mundo, enfim
Chega ao infinito, e de lá
Minha alma me olha
Vê que nada sou
E não volta mais prá mim....