Impudica Noite...

Tua boca de Mulher não mente,

Meu lábio traduz,

Teu íntimo desejo...

Impudico vinho cego,

A tatear o silêncio,

E sem que vozes entoem,

Teu beijo – a mim – encontra...

Sentindo a perdição,

Próximo a mim...

Sede de ti,

Saliva a embriagar...

Esboço que enlaça,

Confundem os corpos,

Em doce agonia.

Fechando os olhos,

Teu fruto saboroso,

Ganhar um novo prazer...

O aroma impudico,

Reveste tua pele,

Donde o meu perfume,

É o teu ser...

Delicada imagem,

Teu corpo – grita – implora,

A carnosa perda dos sentidos triviais,

Pois o instante que se introduz,

É o mesmo que te realiza e se esvai...

Morto, teu desejo logo retorna,

E viva minha vontade lhe satisfaz...

Espinhos e nascentes,

Estonteante a carne transcende,

E quando fartos,

Ambos os olhos se fecham,

Vagando por uma doce escuridão...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 02/08/2010
Código do texto: T2414894
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