O vento nunca sopra frio...

sempre quis uma palavra

que não envelhecesse

não o bastante para se sentir incomodada

o frescor do papel sob as mãos

a emoção

os ruídos, o cheiro

num papel que fosse grama

onde pudesse correr, beber, respirar

onde a caneta abrisse caminho

e usasse sempre azul

chegar bem perto da palavra

e depois vê-la correndo na multidão

continuando a ser um desejo

depois

querer voltar e não saber como

sedentas por passado

se sentarem de camiseta sem manga

quase uma tarde toda

e as lembranças serem tão marcantes

que terão que levá-las de seus rostos

jamais serem apagadas como uma lousa

e voce, se sentir tocado

como se fosse seu filho

envolver seus braços nela

até o poema ser só um brilho

em seus olhos...

Vania Lopez

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 02/08/2010
Código do texto: T2414884
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