O Ato mais Triste...
Em uma vertigem noturna,
Avistei a mais triste Beleza e por entre o céu uma vasta imagem,
Dois Amantes nus,
Um corpo enfraquecido tateia,
O outro em desespero o cinge.
Gritos anseiam – não seja verdade.
Suavemente padece,
Em seu colo dissipado,
O alvo Amor – sua amada mulher...
O esmo cúmplice,
Onde os jardins choram,
As cores se apagam e vento ecoa seu grito...
Lágrimas e sangue,
Vida e morte,
Desejo e ineficácia,
Agoniza-se em dor.
Em um riso amargo,
O ser amado – dissimulou-se feliz,
E não mais reluz.
O dedo toca-lhe a face,
E entre o ouvido – murmura ao amado:
...Amo-te...
Na paisagem silente, um corpo fenece, ambas “almas” morrem... Jaz a amante mulher,
O amado com seu anjo nos braços,
Nada pode fazer,
Asfixiado sentido, frígido horror,
O homem urra,
Frente a Morte a lhe sorrir,
Ao som de sua lamentação,
Retorno de minha vertigem e ouço no vagar,
O mais odiado sentido, a mais atroz das Verdades...
A Morte reina sobre o Amor,
Faz do corpo – ausência,
Da “alma” – fenda,
E nem o mais louco Amante,
Tem clemência ou absolvição...