A RAZÃO DE UM POETA!
A razão de um poeta.
Se algum dia eu usar minha razão
Para escrever meus versos
Peço: Me despertem, é um pesadelo!
E eu já não serei mais um poeta!
E perderei minha razão,
Sem mais papel...caneta! (tinta...)
Neste dia de certo deixarei,
Este ser que me governa o peito
Dasalentado e triste
Como moribundo inerte,
Extenuado, aflito!
Irei cogitar, que eu era um louco
Escunjurar as prosas, cheias de alegria.
Desconhecendo as paisagens
Desenhadas em minhas rimas!
Tomada de uma razão
Que me parece insana;
Me encontrarei perdida
Escarnecida e só.
Meus sonhos, minhas aventuras
O sabor das frutas
Semelhante ao pó!
E nesta secura de palavras
E já emurchecida,
Minha alma brava
De tantos devaneios
Então será vencida!
Não haverão os infernos
Em que me perdi!
Nem haverá os céus
encontrados em tantas bocas!
Nem Deus, nem este medo
De ja não ter um verso novo!