NINGUÉM PODERÁ DIZER!

Quantas coisas

Você me disse,

Que não repeteria

Para mais ninguém.

As juras indizíveis

E inconfessáveis,

Que proferistes em

Instantes tão íntimos

E ímpares. Será

Que você já esqueceu?

Dos passeios

De mãos dadas

Das trocas de olhares,

Quantas promessas encerradas.

Por que esquecestes?

Daquela noite fria

Em que se aconchegaste

E coladinha em mim

Disse: “protege-me amor,

Estou com medo”!

Esquecestes?

Mas aprendi neste mundo

Nada é definitivo

Tudo vai e tudo vem,

Assim como o sorrir

Que se esboça

Poder ser de amor de ódio.

E ninguém poderá dizer

Ser um ou mesmo outro.

Mentiras e verdades

Tem a mesma face,

Como o poder e o não ser,

O ter e o não ter,

É apenas mera troca de roupas.

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 02/08/2010
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