NINGUÉM PODERÁ DIZER!
Quantas coisas
Você me disse,
Que não repeteria
Para mais ninguém.
As juras indizíveis
E inconfessáveis,
Que proferistes em
Instantes tão íntimos
E ímpares. Será
Que você já esqueceu?
Dos passeios
De mãos dadas
Das trocas de olhares,
Quantas promessas encerradas.
Por que esquecestes?
Daquela noite fria
Em que se aconchegaste
E coladinha em mim
Disse: “protege-me amor,
Estou com medo”!
Esquecestes?
Mas aprendi neste mundo
Nada é definitivo
Tudo vai e tudo vem,
Assim como o sorrir
Que se esboça
Poder ser de amor de ódio.
E ninguém poderá dizer
Ser um ou mesmo outro.
Mentiras e verdades
Tem a mesma face,
Como o poder e o não ser,
O ter e o não ter,
É apenas mera troca de roupas.