Sentenças de uma Anefóxio
Em busca do sal
Aerea descontrolada bebada e lavada em sangue
Suicidou-se sete vezes e colocou as mãos na gilete
Arrancou as proprias veias, com a pinça e deu setenta voltas em si mesma
Era bela como todos ja sabiam
Mas só quem conviveu podia dizer algo sobre ela
Maldita hora a madrugada
Os seus gritos de desespero, ninguem mais ouvia
Orava o dia todo frente a biblia
E perjurava, profanamente o que dizia
Era ela nobre mentira o que dizia acreditar
Não mais existia
E quem foi que disse que era poeta, se a unica coisa que fazia
Era deslocar palavras de um lado para outro em folhas de papel
Não adianta mentiras
Para esconder, suas loucas nauseas de alegria
Na tortura de sua propria magoa
Fingia ser feliz
Enquanto morria