Sentenças de uma Anefóxio

Em busca do sal

Aerea descontrolada bebada e lavada em sangue

Suicidou-se sete vezes e colocou as mãos na gilete

Arrancou as proprias veias, com a pinça e deu setenta voltas em si mesma

Era bela como todos ja sabiam

Mas só quem conviveu podia dizer algo sobre ela

Maldita hora a madrugada

Os seus gritos de desespero, ninguem mais ouvia

Orava o dia todo frente a biblia

E perjurava, profanamente o que dizia

Era ela nobre mentira o que dizia acreditar

Não mais existia

E quem foi que disse que era poeta, se a unica coisa que fazia

Era deslocar palavras de um lado para outro em folhas de papel

Não adianta mentiras

Para esconder, suas loucas nauseas de alegria

Na tortura de sua propria magoa

Fingia ser feliz

Enquanto morria

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 02/08/2010
Código do texto: T2413238
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