GRADES INVISÍVEIS

Nas grades que não se vê,
barreiras invisíveis aos olhos e ao toque
Neste cárcere de lágrimas derramadas
com sentidos inversos
entre portas trancadas
em meio a palavras cruzadas

Tento ser poeta
sem recolher a atalhos contrários
Me confundindo entre sonhos...
E nas quimeras que tenho
Um fio de esperança...
Um fio de vida...
dando brilho as cores
incendiando a alma
de tudo que pulsa
de tudo que arde
de modo que se alastra
e se movimenta
em minha própria demência...

Derramo amor...
em gotas de orvalho
enxarcando a madrugada
esculpindo novos sonhos
beijando o sol
acompanhando passos
em notas suaves

Escrevo como um último suspiro
na amplitude de meu desejo
Despida das inseguranças
desprovida de medo
Me entrego...
Tal qual fosse
um delicioso e mágico beijo.
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/08/2010
Reeditado em 01/08/2010
Código do texto: T2412331
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