SONHOS
Tenho pena de você e de mim mesma,
Porque não consigo trazê-lo à realidade,
Muitas vezes vagarosa como a lesma,
Passo a passo chegarei, embora chegue tarde!
Com paciência vendo o tempo não perdido,
Sem pena nenhuma de mim nem de ninguém,
Com o troféu de um prêmio concedido,
Olharei para o céu e direi feliz... amém.
E com todas as coisas em seus lugares
Acomodadas cada uma em seus cantinhos,
Deixando no passado lembranças vulgares
Passando firme por novos caminhos.
Colhendo na vida somente rosas
Para enfeitar o tempo já vencidos,
Gastaremos salivas sádias em prosas
Nesta vida em que fomos concebidos.
DIONÉA FRAGOSO