CREPÚSCULO DE QUIMERAS

Como matar a sede?
Diante de passos incertos
sem vida, em árido deserto
Perdida num crepúsculo de quimeras
de minhas tantas primaveras.

Permeada de lembranças rasgadas
de tantas estrelas apagadas
Noites sombrias, passadas
em dilaceradas madrugadas

Sonhos esmagados
entrelaçados em tantas teias
de vistas vazias
de carícias frias
Fragmento do tempo
entre muros da ingenuidade

Fujo em asas de borboletas
Quem dera alcançar as estrelas
Abraçar a lua
Entre o manto negro que se estende e acomoda-se
em largo oceano a embrenhar-se
no âmago do ser...
Por tanto amar você!
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/08/2010
Código do texto: T2411905
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