ARTE DE JORGE RODRIGUES
ILUSIONISMO
Sentado frente à tela, me despeço
Destas escritas rudes, patológicas,
Sem sentido, com fim já no começo,
Com as palavras dúbias e ilógicas.
Com este córtex vencido, eu me ameaço,
E finjo ter poderes do além, mágicos,
Do ilusionismo, o soneto que faço,
De um assunto morto risonho e trágico.
Da lágrima suja - é lixo do espaço -
Que alma é essa que pariu do místico?
É algemada, e amalgamada a desfaço
Do corpo, que nada tem de artístico,
E vejo-a partir, pernas de um compasso,
Ondas concêntricas, do erro egoístico.
ILUSIONISMO
Sentado frente à tela, me despeço
Destas escritas rudes, patológicas,
Sem sentido, com fim já no começo,
Com as palavras dúbias e ilógicas.
Com este córtex vencido, eu me ameaço,
E finjo ter poderes do além, mágicos,
Do ilusionismo, o soneto que faço,
De um assunto morto risonho e trágico.
Da lágrima suja - é lixo do espaço -
Que alma é essa que pariu do místico?
É algemada, e amalgamada a desfaço
Do corpo, que nada tem de artístico,
E vejo-a partir, pernas de um compasso,
Ondas concêntricas, do erro egoístico.