Minha Poesia.

Minha poesia tem cheiro

de grama molhada,

de fruta madura,

de arroz, e feijão bem temperado.

Minha poesia tem a maciez de pétala

E a aridez de íngreme deserto.

Acaricia como mãos de filho

Fere, como espinhos de um cácto.

Minha poesia tem a doçura

De um amor eterno

E a devasidão,

De todo amante.

Ela é desafiadora e plena

como a própria vida!

Exata e triste

Como a própria morte!

Minha poesia sai das mãos, pulsante!

Do coração, cortante!

Da alma, sofrida!

Mas, se sai só da boca,

ela se faz vazia!

Minha poesia ignora o tempo

Da realidade explora e zomba

E nas suas linhas

Não há covardia!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 31/07/2010
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