ESTOU INDO PRA ZONA LIMÍTROFE

PRA ONDE EU VOU NÃO SEI O RUMO,

SÓ SEI QUE É LONGE MAS É PERTO,

É SEMPRE IGUAL, MAS TÃO DIVERSO.

PRA ONDE EU ESTOU INDO FICAREI

DEPENDURADA, SUSPENSA NUM BARBANTE

QUE ME PÔS O ACASO,

SEM ANTES, NEM DEPOIS, DURANTE.

EU ESTAREI APENAS, VENDO A NOITE,

SEUS OLHOS CLAROS DE ESTRELAS FRIAS.

TU ESTARÁS EM MIM SÓ NA MEMÓRIA,

EU BUSCAREI EM VÃO A NOSSA HISTÓRIA

NO CINZA CLARO ESTREITO DA EXISTêNCIA.

QUEDA LIVRE, O MEU VÔO DIACRÔNICO,

SERÁ APENAS UM RANGER DE VELHA PORTA,

QUE JÁ NÃO ABRE, GUARDA COISAS ESQUECIDAS.

SUSPENSA ASSIM EU FICAREI EXPOSTA

AO INCONSTANTE HUMOR DESSES TEUS ANJOS.

QUANDO ACORDAR TALVEZ NÃO MAIS EU SEJA

QUEM SEMPRE FUI, EM OUTRA NATUREZA.

DO QUE ERA TRISTE GUARDAREI APENAS

ALGUNS RECORTES, VELHAS FOTOS APAGADAS,

DO QUE FOI BOM EU LEVAREI PRA SEMPRE

O GOSTO, A CARA, O GESTO , O ÊXTASE,

NA LUA NOVA EU TRAÇO MEU CAMINHO,

NA NOVA LUA ERGO MINHA ESPADA!

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 15/09/2006
Reeditado em 11/03/2008
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