ESTOU INDO PRA ZONA LIMÍTROFE
PRA ONDE EU VOU NÃO SEI O RUMO,
SÓ SEI QUE É LONGE MAS É PERTO,
É SEMPRE IGUAL, MAS TÃO DIVERSO.
PRA ONDE EU ESTOU INDO FICAREI
DEPENDURADA, SUSPENSA NUM BARBANTE
QUE ME PÔS O ACASO,
SEM ANTES, NEM DEPOIS, DURANTE.
EU ESTAREI APENAS, VENDO A NOITE,
SEUS OLHOS CLAROS DE ESTRELAS FRIAS.
TU ESTARÁS EM MIM SÓ NA MEMÓRIA,
EU BUSCAREI EM VÃO A NOSSA HISTÓRIA
NO CINZA CLARO ESTREITO DA EXISTêNCIA.
QUEDA LIVRE, O MEU VÔO DIACRÔNICO,
SERÁ APENAS UM RANGER DE VELHA PORTA,
QUE JÁ NÃO ABRE, GUARDA COISAS ESQUECIDAS.
SUSPENSA ASSIM EU FICAREI EXPOSTA
AO INCONSTANTE HUMOR DESSES TEUS ANJOS.
QUANDO ACORDAR TALVEZ NÃO MAIS EU SEJA
QUEM SEMPRE FUI, EM OUTRA NATUREZA.
DO QUE ERA TRISTE GUARDAREI APENAS
ALGUNS RECORTES, VELHAS FOTOS APAGADAS,
DO QUE FOI BOM EU LEVAREI PRA SEMPRE
O GOSTO, A CARA, O GESTO , O ÊXTASE,
NA LUA NOVA EU TRAÇO MEU CAMINHO,
NA NOVA LUA ERGO MINHA ESPADA!