Alma errante

Cheia de ânsia, a vida

Vaga por esse porto etéreo.

Vaga despercebida ao porto,

Vaga nesse marejar sidéreo.

Vaga por entre amor e mito,

Por entre a limpidez suprema

Levando eternamente o enigma

Da suprassensibilidade efêmera.

Vaga sem perceber o tempo,

Vaga sem perceber o brilho,

Vaga sustentando o emblema

Na força do turbulento trilho.

E quando chega ao porto incerto

Nada estará perdido.

Aquela sim que não chegou ao porto

Experimenta apenas o que é morto

Na palidez insondável

Da escuridão sem brilho.

Este poema está em meu livro: À MARGEM DO IMPOSSÍVEL

Leon Cardoso
Enviado por Leon Cardoso em 31/07/2010
Código do texto: T2409994
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