A Deturpada e o Redundante.
A deturpada sonhava em ser grande,
Para poder viver de adulterar...
O redundante pensava em sua glande,
Alguém para entreter e penetrar...
Eles conversavam demais,
Cultura pelas beiradas...
Atrofiadas idéias e minúsculos ideais,
Entre frases ensaiadas...
A deturpada preocupada com o horário,
A psicóloga estava lhe esperando...
O redundante, salafrário,
Enganava estar se apaixonando...
Trocaram números e desejos encobertos,
Por uma íntima e recente amizade...
Eram jovens alegres, abertos,
Criando sua própria verdade...
Tudo enfim terminou,
Ao menos naquele momento...
Quando o ônibus estacionou,
E a deturpada desceu, seguindo com os cabelos ao vento...