Lenhador
Pássaros no alvorecer cantaram
O sol no infinito surgiu
Brilhando como prata
Saudando este imenso Brasil.
Na relva o orvalho evanescia
Molhando o solo onde
A planta ardia, cantou
Ainda o sabiá a canção que há tempo não se ouvia.
O caudaloso rio não mais reclamava
Fazendo curvas
De distância em distância
As águas quase se encontravam.
Eu sentado ao pé da aroeira
O amor contemplava
Com sorriso de criança cheio de esperança
Esperando alguém que não me amava.
O tempo passou, já não sei o que sonhava
Agora lento caminho
Quase sozinho
Por onde a infância andava.