Lenhador

Pássaros no alvorecer cantaram

O sol no infinito surgiu

Brilhando como prata

Saudando este imenso Brasil.

Na relva o orvalho evanescia

Molhando o solo onde

A planta ardia, cantou

Ainda o sabiá a canção que há tempo não se ouvia.

O caudaloso rio não mais reclamava

Fazendo curvas

De distância em distância

As águas quase se encontravam.

Eu sentado ao pé da aroeira

O amor contemplava

Com sorriso de criança cheio de esperança

Esperando alguém que não me amava.

O tempo passou, já não sei o que sonhava

Agora lento caminho

Quase sozinho

Por onde a infância andava.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 31/07/2010
Reeditado em 31/07/2010
Código do texto: T2409474
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