DESNUDO
DESNUDO
Desnudo de pudores e de intenções
Como te dizer das que em mim habitam
Como te falar, se emoções palpitam
Cheio de lembranças, de recordações,
No alvoroço, o desejo consumido
Pelo fruto gerado do saber
Qual fonte que mitiga sede e prazer
Restituindo ao nada, um sentido
Olvidando o reflexo da saudade
Numa ausência mal assimilada
O desejo se repete e me invade
Na vasta solidão do meu destino
Minha alma fica triste acabrunhada
No espelho onde não me descortino
São Paulo, 15-09-2006
Armando A. C. Garcia
E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br