Luxúria...
Tua cor,
Alma, volúpia, concupiscência,
Trucida a mentira...
Teu urro,
Louvor a luxúria,
Olhos, cortes,
Teus lábios – sensações homicidas,
Ecos deliciados,
Vesanas percepções,
Natural sortilégio...
Ei-la desnuda em mim,
Teu corpo de anseios,
Carne pulsante,
Seio cálido a atear-se...
Dedos dançantes,
Perfume bestial,
Almas silentes...
Instinto e Natureza... São incestos aos nossos pés...
O Tempo impotente – inveja-nos,
E a morte almeja-nos em seus braços,
Levemente tocamos o cerne,
Dentre o Amor e o Ódio,
Adentre a Verdade e o Axioma...
Somos a alva ilusão dos impuros beijos,
Vivendo o licor da copa da vida,
Eternos Amantes,
Em nossas essências,
Deuses aos olhos mortais...
Entre a decadência e a plenitude,
Eu a ti, tu a mim,
Unificados pelo pecado...
...Avistamos nosso éden...
...Auge e fim...