Suicídio...

No meu olhar a distância,

Inerte e fria,

Um desejo sem fervor ou vento,

Simplesmente reina em mim...

Em minh’alma a morte,

Um luar deserto,

Uma fronte sem rasgar,

O sangue vermelho dos rubis...

Raízes sem mães,

Esganam meus sentimentos oblíquos,

Tilintam o som,

Do meu dissipar,

Séculos de trevas,

Sem nome ou eras,

Emudecidas, turvadas, isentas de cor...

Meu seio queima,

Sem rosto choro,

Lágrimas inventadas...

Talvez fulgir,

Pelo espelho mais distante,

No meio do tremor,

Que floresce entre minha imagem e meu reflexo,

No infinito silêncio sombrio,

Da afeição que me tem a escuridão...

Que nada detenha na veia,

O sangue de um corte,

Vastas lirias despencam em meus olhos,

Inebriado pelo perfume vinhedo,

Não reclamo a dor que dilacera,

Reluz em meu leito pálido,

Minha última poesia,

E sobre ela meu sangue...

Seu nome: Meu fim...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 30/07/2010
Reeditado em 30/07/2010
Código do texto: T2408800
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