Volúpia Irreal

Minha volúpia é diferente

das outras que os poetas cantam;

é tão doce e tão etérea,

que minha mente e meu espírito a declamam.

A Volúpia Real, que foi sentida,

e que jaz na alma, conservada,

não é a minha volúpia; a minha Volúpia

em mim é que foi criada.

Trago a Volúpia de beijos

que jamais foram dados!

Eis a Volúpia dos Desejos,

que me atravessa como um dardo.

Trago a Volúpia de Imagens,

divinas e esculturais, adoradas,

Eis a Volúpia da Poesia,

em meu sangue entranhada!

Trago a Volúpia Irreal,

que apenas fora sonhada!

Por objetos indefiníveis,

Eis a Volúpia das Almas!

Isabela Escher
Enviado por Isabela Escher em 30/07/2010
Reeditado em 30/07/2010
Código do texto: T2408212
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