O coração pulsa em minhas mãos...

Por que a palavra me dói quando deveria ser redenção? Talvez seja por eu deixar justamente o coração, pulsar em minhas mãos...

E são as emoções que pulsam o tempo, são os barcos ancorados nesse viver diário navegando sem rumo o seu destino. São as estrelas e barcos, luas e sóis e asas que sobressaem no corpo... E sensações incorpóreas que transmitem a exatidão das palavras que não queriam estar dentro...

E a palavra cresce sentidos, é paisagem esvoaçante que reside o encanto maior... são elas que suprem a presença, que amornam o gélido tatear do papel... Elas deixam marcas incessantes nas folhas que subscrevem a vida, verdade justa, ora reprimida, ora projetada na areia, ou escrita além céu... Papel...

Mas as pulsantes são as que mais sangram, por que são indefinidas quando sentem, indefinidas quando buscam, e na busca seus sangramentos faz chorar os olhos...

Por que a palavra me dói quando deveria ser redenção? Talvez seja por eu deixar justamente o coração, pulsar em minhas mãos...

Marcia G
Enviado por Marcia G em 29/07/2010
Código do texto: T2407466
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.