O coração pulsa em minhas mãos...
Por que a palavra me dói quando deveria ser redenção? Talvez seja por eu deixar justamente o coração, pulsar em minhas mãos...
E são as emoções que pulsam o tempo, são os barcos ancorados nesse viver diário navegando sem rumo o seu destino. São as estrelas e barcos, luas e sóis e asas que sobressaem no corpo... E sensações incorpóreas que transmitem a exatidão das palavras que não queriam estar dentro...
E a palavra cresce sentidos, é paisagem esvoaçante que reside o encanto maior... são elas que suprem a presença, que amornam o gélido tatear do papel... Elas deixam marcas incessantes nas folhas que subscrevem a vida, verdade justa, ora reprimida, ora projetada na areia, ou escrita além céu... Papel...
Mas as pulsantes são as que mais sangram, por que são indefinidas quando sentem, indefinidas quando buscam, e na busca seus sangramentos faz chorar os olhos...
Por que a palavra me dói quando deveria ser redenção? Talvez seja por eu deixar justamente o coração, pulsar em minhas mãos...