Cisma*

Um istmo une paragens
Olhares e palavras
Esparrames incontidos...
Fissuras, escapes
Uma fração de tempo, enquanto hesito...
Densidade do sujeito oculto, verbo
O não abandono do objeto... direto?
As palavras sempre ficam ao meio
Umas escondem-se das outras
Levitando ante os olhares, na dualidade
Na ânsia de serem lidas
Ou postas de lado, esquecidas.
Talham vestes transparentes
Para preencherem distâncias
Fugazes, próximas, aparentes.
Talvez uma cisma
Um sobressalto
Glória, abundância, nobreza
Derrota, purificação, pobreza...
Não sei... entre a palavra e o olhar
Cabe o infinito, a força... a minha fraqueza.


Karinna*


Karinna
Enviado por Karinna em 29/07/2010
Código do texto: T2407237