O Desespero da Perseguição
Vou andando pela estrada do desespero.
Sem saber onde estás.
Não sei para onde ir, que direção tomar?
Só sei que tenho que fugir
Para qualquer lugar.
Ela está a minha procura,
Só pelo cheiro posso saber.
Quer em seus braços me tomar,
Sem nem mesmo perceber que já me amou.
E que agora só quero descansar.
Procuro por meu leito,
Minha gélida cama está a me esperar.
A maldição que me atormenta não quer me deixar.
Seu toque está em mim, deu-me seu beijo de amor,
Agora me tem por escravo, infindável terror!
Sou pertubada, um espírito errante,
Cheirando mal, caindo aos pedaços.
Quero apenas meu túmulo para que possa voltar
Esperar por socorro que tanto implorei,
Mas que sei, nunca há de chegar.
Pois dela não tenho permissão, ela em mim está.
Possuiu-me a força, e agora em mim veio morar.
Usa-me para seu deleite, satisfazer sua vontade.
Oh morte, afaste-se de mim, me deixe em paz!
Mas é inutil pedir, pertubada serei por toda a eternidade.