A Porta
Tantas existem... nem sei
Qual delas que me atrai
São brechas, fendas veladas
Que transpô-las, não ousei
Uma entra, outra sai
Tantas estão emperradas
Abertura, recurso, acesso
Um mundo de opção!
A porta é um eterno segredo
Um fracasso, um sucesso
Verdadeira indecisão
Entrada franca do medo
Tantas existem... notáveis
Que diferem em forma e cor
Mistérios invioláveis
Recesso sempre velado
Que antes de se transpor
Jamais se vê o outro lado
Pórtico... Passagem secular
Esconderijo do desconhecido
Incomunicável prisão!
São tantas pra se optar
Tantos os rumos perdidos
Que nos causa aflição
Tantas existem.. Nem sei
Qual delas que me atrai
Vou tentando enlouquecida
Buscar verdade onde entrei
Para não chegar vencida
Naquela que eu não ousei!
Priscila de Loureiro Coelho