Minha Morte sou Eu...
Inebriei o veneno de minhas lágrimas,
No vale da serra em ecos tristes,
Então minha alma surgiu,
Rasgando meus ventos atormentados...
Sobre minha fronte,
A morte bela,
Ceifando o tempo,
E o resto de tamanhas belezas dissipadas.
Seda nos olhos,
Amargas dores,
Esferas insensatas,
A orla soluçante da opulência mortal.
Em sua face pálida,
Seus traços dóceis e míseros,
Seu beijo criminoso
Fez-me amante,
E no auge de seus lábios,
Meu seio se dilacera...
No falso sangue,
Senis e violentas almas,
Seus olhos de donzela,
Cruel natureza,
Veludo de um paraíso longínquo...
Osculo de língua dominante...
Lacrimejei com risos,
Sorria com choros... Em um lívido pudor... De seus lábios rubis...
Estendei vossa mão Morte minha,
Retira-me a vida que não tenho...
...Sou teu...
Nessa noite mais que eterna...
...Sou eu...
Meu espelho, minha própria Morte sem fim...