VAGA DIMENSÃO
Quando durmo a noite, vaga dimensão,
como o meu corpo descansa do dia!
Entro no mundo que ignora esta solidão
invado serenamente o jardim da fantasia.
Caminho sobre um solo de esmeraldas
nado na piscina que refresca a minh`alma
vôo com dragões alados segurando em suas caldas
brinco com os anjos com uma inocente calma.
Vagueio sem roupas pelas ruas
mas ôlho algum pode me ver ou me notar
recebo o cumprimento das sete luas
e o brilho delas refletem em teu olhar!
Eu ronco, mas não escuto, parece que vou gritar,
o grito de pavor por pensar em te perder
a paralisia do sono faz tudo se realizar
desperto do pesadelo com vontade de te ver!
A noite se encurva diante do amanhecer
e aquela viagem do sono estirado no colchão
o frio da madrugada difícil de descrever
transportam para o meu sonho em forma de ilusão.
Não sei porque transpiro tanto em noites tão frias
a roupa molhada de suor como em noites de verão
o ronco da alvorada das manhãs cheias de manias
provocam um belo dia e renova o meu coração.
O dia fica lindo me sacio da claridade
lembro daqueles sonhos por onde eu caminhei
na luz que eu vivo, sinto a realidade,
de onde a morte não respeita nenhuma lei.
Enquanto estou vivo quero mesmo é sonhar
deitar e dar um tempo das vozes do meu irmão
voltar a voar nas nuvens por te amar
andar nu pelas ruas inocente como Adão.
Eu vejo o teu rosto em cada curva do desejo,
queria a paz do mundo, mas isto sei que não vou ver,
então eu me concentro na magia do teu beijo
fazendo, hoje, caridade, amanhã não sei se vou poder.
(YEHORAM)