Varsóvia...

antes que essa raiva se esvaia

como uma corrente oceânica que se esfria

quero dizer-lhes

em minha criação não me ensinaram

que amar fosse útil nessa vida

átras do balcão estava escrito

apoio ao trabalho

curioso nenhuma das atendentes trabalhava

e do outro lado do balcão

vocês também não

definitivamente essa não é uma canção de amor

daquelas que as marionetes

dançam todo dia

e antes que essa raiva se esvaia

como uma corrente oceânica que se esfria

quero dizer-lhes

eu quero sair desse gueto

meu coração pula na trincheira

ao menor sinal de explosão

varsóvia é minha gente

varsóvia resume

a poesia coerente

onde as vezes varsóvia é meu grito

quantas mais?

quantos guetos

concentrando ignorância e agonia?

olhe na sua sala

na sua mente alienada

há areme enfarpado

e o ziclon B

saindo da tela da tv

todo santo dia

Varsóvia sim Varsóvia hoje

guetos se espandirão

campos concentrão a solidão

em meio a multidão o estado te aliena

e as vezes da vontade de chorar

quando vejo minha varsóvia que morre

enquanto teu governo te envenena!

AbnerSohel
Enviado por AbnerSohel em 29/07/2010
Reeditado em 29/07/2010
Código do texto: T2406094
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.