[À Beira da Linha - Inacabado]

Um poema assim, insólito,

tentativa de exprimir uma falta

grande como a vida inteira,

uma perda inominada...

Ah, como me dói!

Desde a linha,

lanço os olhos

para a placidez

daquela casa simples.

Antigamente, o meu coração

bateria por quedar-me ali,

naquela casa à beira da linha,

agora, bate... em retirada,

fujo de meus [velhos] sonhos!

A realidade agora é só a linha,

a comprida linha que me leva.

Parar — não posso mais;

de vontades gastadas à toa,

fiquei sem bússola,

e sem noção de futuro!

[Os meus sonhos:

marcos quase fanados

na linha da minha vida]

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[Franca, 19 de julho de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 29/07/2010
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T2405985
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