Borboletas
Borboletas! Quem sois? Deslumbramentos?
Asas loucas dançando irrequietas
leques revoando abertas pelos ventos ao compasso de músicas secretas.
Sois jóias voláteis do relento
Que se beijam de amor como as violetas, adejastes vitrais do firmamento, a Catedral etérea dos poetas.
Como vós que ditosas e felizes já mortas conservais vossa matrizes as nuançes das cores sensitivas.
Assim também os nossos corações conservam mortas suas ilusões com as mesmas cores que tiveram em vida.