Corpo... Mar...

Olhos fechados não impedem que a claridade penetre

O corpo boiando segue ao sabor do vento

Não há ninguém, não há nada que a ponha em perigo

O único som que se ouve é o das ondas que quebram

Não há celulares tocando nem motores ligados

No máximo um galeão cruzando os ares que atravessa a luminosidade

O corpo vai se tornado parte do mar

Os órgãos se fundem as águas-vivas

Os cabelos embolam em algas

Uma onda mais forte joga o corpo contra as pedras do Arpoador

Mas não há sangue nem coisa que o valha

O corpo se dissolveu em espumas

Esta da beira praia até onde a vista alcança

28/07/2010