Na madrugada
Um estranho visitou-me essa madrugada.
Trazia ele mãos macias e flor de cerejeira.
Chegou, aconchegou-me ao seu corpo, beijou-me entre os olhos, trançou-me os cabelos.
Nada mais fez.
O estranho, névoa almiscarada, assim como chegou, desapareceu.
Deixou-me grávida de mim mesma.